Honda CB750 Hornet: porque você precisa dela

O que levou a Honda resgatar o nome Hornet? Uma resposta mais apressada diria que foi atrelar um nome vitorioso de um produto do passado a uma novidade e, portanto, “pegar carona” no sucesso de outros tempos. Teria sido isso? Será mesmo que o maior fabricante mundial de motocicletas e nº1 do Brasil desde sempre precisa desse truquezinho? Definitivamente, não, e abaixo você entenderá tudo e saberá porque você precisa colocar a Honda CB750 em sua garagem.

Uma Hornet de verdade? 
Sim! O que marcou a Hornet antiga foi sua esportividade, e isto está preservado na CB750. Quando a primeira Hornet surgiu, há mais de duas décadas, a filosofia construtiva tinha como conceito privilegiar a potência máxima, cabendo à parte ciclística um papel secundário. Deste modo, a pioneira CB600F Hornet era um modelo que chamava a atenção por sua elevadíssima potência máxima. A CB750 Hornet nova preserva agressividade, mas sem excessos, com um melhor conjunto, como veremos a seguir.

E o motor da Hornet atual Vs. o motor da antiga?
Sai o motor quatro em linha de 599 cc e cerca de 100 cv de potência da Hornet pioneira e entra um motor bicilíndro de 755 cc, com cerca de cv 70, na Hornet nova. Uma leitura simplista desemboca na afirmação de que houve perda. Na verdade, o atual conceito no projeto de motocicletas privilegia o conjunto, a usabilidade. Nestes termos, deve se prestar menos atenção no valor absoluto de potência e mais no que a motocicleta entrega em termos de desempenho real.    

Ciclística da Hornet atual Vs. a ciclística da antiga?
A CB600F Hornet teve, basicamente, dois tipos de chassis, o primeiro realizado em tubos de aço e, posteriormente, um com estrutura em alumínio. Ambos com arquitetura tipo Diamond, com motor sendo parte estrutural. Esta é a mesma arquitetura usada na atual Honda CB750, cujo chassi da moto é construído com tubos e partes estampadas de aço. A diferença entre os chassis anteriores e o atual está nas duas décadas em termos de progresso em tecnologia. As Hornet antigas ou nova se valem da arquitetura Diamond, porém a eficiência dinâmica atual é muito superior. Os tubos hoje são de diferentes espessuras, tanto diâmetro externo como paredes, que permite ao chassi “trabalhar” melhor, resultando em mais maneabilidade e controle. Além disso, há a questão “freios”, item onde os sistemas atuais, com pinças de fixação radial e freio de discos Wave com sistema ABS, garantem maior segurança e eficiência.  

Pilotagem: o que diferencia a CB750 Hornet das versões originais?
Sua majestade, o controle! Parte do fascínio da antiga Hornet era a fúria de seu motor e o espetacular urro do quatro em linha com escapamento 4x1. Os tempos eram outros, com menores restrições do ponto de vista de emissões, seja de gases nocivos, seja de ruído. A nova CB750 Hornet entrega melhor desempenho global, ou seja, o conjunto motor-cicística é mais homogêneo, o que resulta em dirigibilidade melhor. Esqueça a potência máxima maior da antiga hornet, e perceba que a atual tem um torque cerca de 10% superior a uma rotação bem mais baixa (7.000 rpm contra 10.500 rpm). Isso resultada em uma pilotagem segura mais relax e com a moto sempre “na mão”.  

Eletrônica da CB750 Hornet, literalmente décadas à frente...
A 1ª CB600F Hornet usava carburadores... Esta informação bastaria para mostrar o estágio de tecnologia da CB600F quando foi lançada. É certo que, sucessivamente, o modelo recebeu atualizações (injeção PGM-FI, ABS...) mas, mesmo assim, comparar a última das Hornet a CB750 Hornet é covardia: os modos de pilotagem, que atualmente são cinco e permitem adequar desempenho à situação de uso, nem sequer existiam. E o que dizer de itens como o painel TFT de 5” colorido, a iluminação full-LED e o controle de tração HSTC - Honda Torque Control System? Nem nos sonhos...

O que mais?
Certamente as CB600F Hornet foram motos fascinantes, e que ainda hoje despertam admiração pelas suas especificações, design e qualidade dinâmica. Porém, a comparação entre a CB750 Hornet e suas antepassadas é cruel tendo em vista o conjunto homogêneo e a tecnologia embarcada no modelo atual, que lhe confere um desempenho global superior. Duvida? Então pare de “pilotar ficha técnica” e agende um test-ride na concessionária mais próxima. Você vai se surpreender...